Quando pensamos em refluxo logo vem à cabeça o ácido do estômago. Mas nem sempre o ácido é o vilão. As nossas enzimas digestivas são constituídas sim por ácidos, mas também por outras enzimas não ácidas (alcalinas) que também lesam o esôfago juntamente ou isoladamente (como nos casos dos pacientes tratados com os “prazóis” mas não melhoram).
Existe também algumas outras situações:
O esôfago hipersensível: os episódios de refluxo (ácido ou não) nas 24h estão dentro dos níveis da normalidade, mas a cada episódio o paciente sente a dor, a azia, o desconforto.
A pirose funcional: o paciente apresenta sintomas mesmo na ausência do refluxo (ácido ou não). É o intestino irritável, só que do esôfago - para que você entenda melhor.
A eructação (os arrotos): também estão no espectro do refluxo e eles podem se originar do estômago (gástrico) ou do próprio esôfago (supra-gástrico).
Mas dra., como saber qual o meu caso?
O exame que consegue dizer qual é o real problema chama-se ImpedanciopHmetria. Ele é uma forma bem mais apurada da pHmetria e é realizado da mesma maneira. Porém neste, além do refluxo ácido, conseguimos identificar o não-ácido (incluindo o gasoso - arrotos) e nos traz informações se o seu esôfago consegue se recuperar bem após os episódios de refluxo.
Todas estas informações nos permite diagnosticar e tratar a doença do refluxo gastroesofágico com o que atualmente há de melhor no que diz respeito à esta doença tão comum e tão complexa.
Ficou alguma dúvida?
Dra. Aline Carboni Casado
Médica Gastroenterologista e Endoscopista
CRM: 154332 (SP)
RQE: Clinica médica: 74324 Gastroenterologia: 71554 Endoscopia: 74325
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