Quem não gosta de um queijinho, hein? E o que eu vejo de gente sofrendo por causa da intolerância à lactose… então resolvi fazer esse post.
A lactose é um tipo de açúcar naturalmente presente no leite. Ela é um dissacarídeo e não é absorvida sem que haja sua quebra em glicose + galactose. Essa quebra é realizada pela enzima lactase. Na falta da enzima lactase (intolerância à lactose), a lactose não é quebrada, tornando-se substrato para a fermentação bacteriana, promovendo os sintomas indesejados.
Para evitar os sintomas da intolerância à lactose, é importante conhecer os graus de lactose presentes nos diferentes tipos de alimentos. Hoje vou falar dos queijos, que são alimentos milenares e nutritivos.
Para o leite ser transformado em queijo, ele passa por um processamento que retira certa parte da lactose, pela adição de bactérias fermentadoras que degradam a lactose para formar os componentes que elas usam para gerar energia. A quantidade de lactose presente nos queijos pode variar de acordo com o grau de maturação, sendo em geral, maior nos queijos mais frescos e menor nos mais maturados.
Os mais maturados e mais gordos, como o parmesão, provolone e mussarela, podem possuir quantidades mínimas de lactose. Já em relação aos queijos frescos (queijo minas frescal, o cottage e o cream cheese), estes são os que contêm uma maior quantidade de lactose pois estão mais próximos da matéria-prima, o leite, e sofrem apenas um curto processo de maturação.
Em geral, existe boa tolerabilidade em queijos com teor de lactose abaixo de 2% (desde que você não coma em excesso, tá?).
Entendeu porque apesar de você ser intolerante à lactose, nem sempre você tem sintomas?
Dra. Aline Carboni Casado
Médica Gastroenterologista e Endoscopista
CRM: 154332 (SP)
RQE: Clinica médica: 74324 Gastroenterologia: 71554 Endoscopia: 74325
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