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“Se o seu esôfago não funciona adequadamente, provavelmente você irá sofrer com o refluxo.”

  • Foto do escritor: Dra. Aline Casado
    Dra. Aline Casado
  • 6 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

O esôfago é o órgão que possui a função de conduzir o alimento da boa ao estômago. Entre os dois, possuímos uma área de maior pressão que funciona como uma espécie de válvula impedindo que o conteúdo retorne para o #esôfago. Quando aparentamos vômitos, por exemplo, esta válvula se abre e o alimento retorna.


Note que, mesmo em situações normais, ela pode abrir algumas vezes ao dia para que haja a queda da pressão dentro do estômago (por exemplo para a #eructação).


Quando esta válvula se abre mais vezes que o normal, ocorre a doença do #refluxo gastroesofágico (DRGE). Entretanto esta não é a única causa da DRGE. Alguns pacientes possuem uma “valvula” mais fraca, outros possuem uma #hernia de hiato. Já outros possuem uma musculatura do esôfago mais fraca (fazendo com que o órgão não consiga levar o alimento de forma desejada)... Em outros, a força está normal, mas a contração ocorre de forma desordenada...


São inúmeras alterações na forma de contração ou relaxamento deste complexo “esôfago-valvula-estômago” que podem gerar a doença do refluxo gastroesofágico ou mesmo sintomas semelhantes mas sem que necessariamente esteja ocorrendo o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. E são muitas as causas para estas alterações. A lista é longa.


Para sabermos qual o mecanismo envolvido, se existe uma coordenação desta musculatura, utilizamos um exame chamado manometria esofágica.


Mas como este exame é realizado?


O procedimento dura aproximadamente 20 minutos e não requer sedação. Introduz-se na narina um pequeno cateter que deve ser localizado ao longo do esôfago até chegar ao estômago.


Durante o procedimento, o paciente deverá engolir determinada quantidade de água, para realização das medidas. Avaliamos a abertura e força do esfíncter superior do esôfago (que fica na região da garganta), a força e a coordenação do corpo esofágico (a capacidade de condução do conteúdo que foi deglutido) e a força e abertura do esfíncter inferior do esôfago (ou seja, ele conseguiria conter o refluxo? ele abre para o alimento passar?).

Ao final do exame, o tubo é removido.


E qual a importância deste exame?


Com ele conseguimos avaliar a condução do alimento, como explicado acima. Além disso, os achados deste exame podem mudar completamente o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. Algumas alterações encontradas necessitam de tratamento cirúrgico, outras da compensação da doença de base (como doenças reumatológicas) ou mesmo contra-indicam a cirurgia anti-refluxo. Este exame ainda está indicado em pacientes que são candidatos à cirurgia bariátrica (pois um tipo de cirurgia predispõe ao refluxo, não sendo tão interessante realizá-la em pacientes que já apresentam a doença) e em pacientes que são candidatos ao transplante de pulmão.


Muito conteúdo né? Mas me diz aí? Ficou alguma dúvida?






Dra. Aline Carboni Casado

Médica Gastroenterologista e Endoscopista

CRM: 154332 (SP)


RQE: Clinica médica: 74324 Gastroenterologia: 71554 Endoscopia: 74325

2 comentários

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Domingos Provetti
Domingos Provetti
12 de mar. de 2023

E QUANDO OS ALIMENTOS NEM ENTRAM NO ESTÔMAGO? TENDO AQUELA SENSAÇÃO DE ENTOPIMENTO.

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Membro desconhecido
15 de mar. de 2023
Respondendo a

“É necessário investigar se existe algum fator obstrutivo”.

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